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O cravo não é apenas uma das flores mais encantadoras da Natureza. É também uma parte essencial da cultura portuguesa, e em especial da Revolução do 25 de Abril. Mas mais do um símbolo de liberdade, esta flor está associada a um passado rico, a diversos usos botânicos, e a uma simbologia fascinante.

Cravo, muito mais do que um símbolo de liberdade

Claveles

A primeira coisa em que reparas quando olhas para um ramo de cravos é na sua beleza. Caracterizada pelos bordos recortados das suas pétalas, normalmente vermelhas, esta flor cresce em jardins de todo o mundo e pode atingir um metro de altura. Divide-se em mais de 300 sub-espécies distintas, e é usada por perfumistas de grandes marcas para compor contagiantes aromas. O seu característico odor, no entanto, não é apenas objecto da admiração dos profissionais da perfumaria. A fragrância único do cravo também pode dar mais graça à tua casa e ao teu jardim. Para além da sua associação ao 25 de Abril, feriado democrático em Portugal, o cravo é utilizado para comemorar o Dia da Mãe e o Dia de São Patrício. Está ainda associado ao milagre da incarnação de Jesus Cristo, que desempenha um papel central na teologia cristã.

Se em Portugal o cravo não pode ser dissociado do conceito de liberdade, lá fora ele possui outro tipo de significados. É maioritariamente visto como um símbolo de amor, mas também como uma forma de marcar os ideais do fascínio e da distinção. Ao longo da história, integrou o conjunto de crenças de diversas culturas.

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História e significado

Desde o tempo dos poderosos Romanos, o cravo está eternamente associado à crucificação de Cristo. Reza a lenda que Santa Maria terá derramado lágrimas quando percebeu que Jesus não sobreviveria à tirania dos homens. De cada uma destas lágrimas terá surgido um cravo, vivo como que por milagre, brotado de forma natural a partir da terra estéril.

Também na cultura coreana esta flor desempenha um papel central. É utilizada por jovens mulheres coreanas para prever o futuro e auspiciar boa fortuna. Na era Vitoriana, era vista como um símbolo de segredos e mensagens escondidas. Era comummente usada como uma confissão de amor romântico por admiradores anónimos e entregue às donzelas solteiras. Nos Estados Unidos, é ainda hoje tida como o presente ideal para o Dia da Mãe

No mundo da botânica, o cravo é conhecido como dianthus. O nome científico da flor tem origem no latim, e foi formado a partir das palavras 'dios', que significa Deus, e 'anthos', que significa flor. A 'flor dos deuses' faz mais do que jus ao seu nome, até porque está dotada de um conjunto de propriedades únicas que a tornam num curativo natural para vários males.

Uso e propriedades

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As flores são realmente maravilhosas. Nem todas as flores possuem propriedades curativas que já foram estudadas e analisadas. Mas o cravo é uma flor muito especial. Já te dissemos que era usada por perfumistas e grandes marcas de moda. Mas sabias que também possui aplicações importantes na indústria de cosméticos? Hoje em dia, estas flores são usadas em todo o tipo de produtos de beleza, desde o batom até ao blush. Mas são também o ingrediente principal de um poderoso chá repleto de propriedades curativas.

Um chá de cravo é não só delicioso como benéfico para a saúde. É utilizado para tratar problemas sérios como a depressão, as insónias, ou alguns tipos de anomalias hormonais. Além disso, tem um efeito sedativo bastante eficaz. Ajuda por isso a combater o stress e a fatiga, sendo a bebida perfeita para recuperar depois de um longo dia de trabalho..

Os efeitos curativos do cravo não ficam por aqui. A flor é utilizada em diversos óleos de massagem que ajudam a tratar irritações da pele e a cuidar da derme. No tempo da civilização asteca era utilizada em chás e bálsamos designados para tratar a congestão pulmonar. Era também encarada como uma cura para problemas do rim, sendo comummente utilizada para ajudar a aumentar o volume do fluxo urinário.